Na última sessão ordinária do Poder Legislativo de Laranjeiras do Sul, realizada na segunda-feira (13), foi aprovado por oito votos favoráveis e quatro contrários, um pedido de moção de repúdio apresentado pelo vereador Júnior Gurtat e subscrito por outros parlamentares. O documento é uma reação contrária ao recente bloqueio de R$ 7,3 bilhões na verba destinada à educação, anunciado no dia 30 de abril pelo Ministério da Educação e que deve afetar diretamente a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) do município.
Conforme Gurtat, embora o país atravesse uma crise financeira preocupante, cortar recursos de ensino e pesquisa está na contramão do desenvolvimento de qualquer país. Na justificativa o vereador apresentou dados referentes à UFFS para Laranjeiras do Sul. “A instituição dispõe hoje de 1.100 alunos matriculados em oito cursos de graduação e dois cursos de mestrado. O contingenciamento de recursos afetará Laranjeiras do Sul inclusive economicamente. Em 2017 a instituição movimentou R$ 28 milhões no município e em 2018 mais de 31 milhões de reais”, destacou Gurtat.
A justificativa trouxe dados referentes também ao ensino básico. Além do corte de R$ 5,7 bilhões inicialmente previstos para as universidades e institutos federais, conforme o texto da moção, houve bloqueio de R$ 1,6 bilhões no âmbito do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, afetando itens como construção e manutenção de creches, transporte escolar e compra de livros. "Não se trata de ser contrário a determinado governo, mas favorável à educação, que junto a área da saúde são a base de um país", fundamentou o vereador Marcio.
Conforme o propositor, o próximo passo é enviar a moção ao Ministro da Educação e Cultura, ao presidente da Câmara Federal, ao Senado Federal, à Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e ao chefe do Executivo Federal, solidarizando à causa dos estudantes.
Assinaturas - Foram favoráveis a proposição os vereadores Júnior Gurtat, João Aires, Valdivino de Oliveira, Ivaldonir Panatto, Ney Becker, Valmir Trindade-Sete, Alex Schroeder e Marcio dos Alexandre. O presidente Magrão, ausente devido a luto na família não votou, mas assinou o documento.
Foto ilustrativa: Campus da UFFS de Laranjeiras do Sul
14/05/2019