Com o fim do recesso legislativo foi realizada ontem (08) a 23ª sessão ordinária na câmara de vereadores de Laranjeiras do Sul. Em segunda votação e discussão, os vereadores aprovaram o projeto de lei 018/2023 de autoria dos vereadores Tarso Campigotto e Carlos A. Machado, que Institui o uso de colar de girassol como instrumento auxiliar de orientação para identificação de pessoas com deficiências ocultas no município de Laranjeiras do Sul/PR. O projeto agora passa a ser lei no município.
SOBRE O COLAR DE GIRASSOL
O entendimento é de que pessoas com deficiência oculta são aquelas que não apresentam sinais físicos evidentes, mas incluem dificuldades de aprendizagem, saúde mental, mobilidade, fala e deficiência sensorial.
Como exemplos, podem ser citadas: doença de Crohn, transtornos do espectro autista (TEA), síndrome de Tourette, transtornos ligados à demência, fobias extremas, entre outros.
Todas essas deficiências, doenças ou condições neurológicas podem trazer dificuldades específicas aos seus portadores para tarefas do dia-a-dia, como ficar em filas, aguardar em lugares fechados, interagir verbalmente com ou sem contato visual, etc. “É por isso que o colar é importante, para que possamos oportunizar à essas pessoas que sofrem com essas dificuldades um melhor atendimento, seja no comércio, no atendimento médico ou em qualquer outro lugar”, detalha o vereador Tarso Campigotto, um dos autores do projeto.
A idéia do cordão de girassol, em todo mundo, está focada na conscientização e disseminação do conhecimento, para que as pessoas, espontaneamente, adotem comportamentos mais acolhedores e empáticos. “E nós temos o dever de respeitar as pessoas que tem uma deficiência oculta, saber a forma certa de agir. Precisamos melhorar, estar antenados a isso e essa é nossa intenção com o projeto”, ressalta o presidente da Câmara Carlos Alberto Machado, o Magrão, também autor do projeto.
Vale ressaltar que na maioria das vezes, providências extremamente simples, com comunicar-se de modo mais eficiente, providenciar um lugar em espera diferente, ou evitar o contato físico, são suficientes para eliminar ou diminuir o sofrimento destas pessoas. Na verdade, perguntar ao portador do cordão o que pode ser feito para ajudá-lo, pode resolver a maioria das situações de estresse e sofrimento causado por situações cotidianas que podem passar despercebidas.
09/08/2023